Uso de energia solar cresce no Brasil e iguala energia eólica

A demanda por energia solar no Brasil aumentou 40% no ano de 2022. A fonte, limpa e renovável, atingiu o mesmo patamar de outra energia sustentável, a eólica. As duas ficam atrás apenas das hidrelétricas em termos de capacidade de geração instalada.

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Segundo levantamentos da Agência Nacional de Energia Elétrica, a demanda por energia solar deve crescer ainda mais nos próximos anos. Painéis fotovoltaicos devem fornecer mais de 70% da energia prevista para entrar em operação no país em um futuro próximo.

Rodrigo Sauaia, presidente executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, disse em entrevista ao Jornal Nacional que suas projeções são de 34 GW até o final de 2023. O valor é mais que o dobro do que a hidrelétrica de Itaipu gera.

“Seria possível que nosso país, até 2030, fosse uma das primeiras nações do mundo a se tornar 100% limpa e sustentável em sua matriz elétrica. Então, esse é um desafio e uma recomendação que fazemos para o governo federal avaliar”, diz Sauaia.

O que isso significa para o consumidor?

A energia solar tem um alto custo de instalação, mas o investimento reflete na conta de luz de quem o faz. A engenheira de produção Beatriz Navegantes, moradora do Rio de Janeiro, disse na reportagem que a economia em sua casa chegou a R$ 719 em dezembro.

“Tínhamos duas opções. Ou a gente tinha que dormir no calor para a conta de luz não ficar muito alta ou a gente ia pagar uma conta de luz que, às vezes, nos meses mais quentes chegava a R$ 1 mil e alguma coisa, o que é inviável nesses dias”, diz.

Para ter outra dimensão de retorno, uma casa de festas na mesma cidade custou R$ 220 mil com painéis solares e economizou R$ 54 mil em sete meses. A longo prazo, o investimento compensa tanto para residências quanto para empresas e negócios.

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