Cientistas de várias correntes, de diferentes países e de várias universidades já estão alertando sobre as questões de alteração do clima em nosso planeta, e sobre o risco da alteração permanente do clima, promovido pela ação humana, onde já está inviabilizando a vida na terra.
Por ocasião da pandemia por Covid-19, a nossa geração experimenta o que é uma emergência global, o significado e a extensão deste momento histórico pode ser a alavanca necessária para a migração de uma economia baseada em energia oriunda da emissão de carbono para uma economia verde, onde a natureza e as condições do planeta serão o foco.
As empresas que operam com transportadora de moto, conhecido como capitalistas, estão cientes que o risco climático é um assunto urgente, não é mais uma questão relacionada aos chamados eco chatos, denominados deste forma pejorativa por conta de seus atos em defesa da natureza na década passada, é um ponto pacificado por cientistas, o tema sobre o aquecimento global é fato concreto.
O clima no planeta se aquece rapidamente para um grau, que inviabiliza a maior parte da vida, todas as espécies serão afetadas, com custos incalculáveis para o sistema econômico. Veja, leitor, se a saúde da população,por conta da pandemia por Covid-19, influenciou negativamente a economia global, imagina por exemplo, regiões agricultáveis inteiras serem destruídas por uma mudança climática permanente.
O clima na Terra muda de forma permanente.
O que pode ser feito hoje? Bem, estamos vendo diversas iniciativas de transição sendo implementadas, mas o ritmo das mudanças implementada por governos, sabidamente poluidores, é lenta. E muitos já avaliam como que o aquecimento global extremo é um ponto sem volta, o colapso climático é iminente.
Eu, sem nenhum conhecimento científico, acabei refletindo um pouco sobre o funcionamento da nossa sociedade, e cheguei à seguinte conclusão, o alarme climático pode estar sub-notificado, significa que o tamanho do alarme não faz jus ao tamanho do problema.
Existem os alertas, existem os anúncios na mídia, existem os discursos de líderes globais, existem fundos de investimento em uma economia verde, mas somadas todas as iniciativas, não se chega a um esforço mínimo necessário para reverter qualquer coisa relacionada ao clima.
A proposta da eletrificação da frota mundial de veículos, mesmo que sendo uma corrida muito rápida, levará pelo menos uma década a ser implementada em volume necessário, e logicamente que o assunto não trata a questão da economia carbonizada, produzir um veículo elétrico gera emissões. Então o impacto de toda uma frota eletrificada no mundo seria possível de ser medida, em seu efeito climático, daqui a pelo menos 50 anos, época no futuro onde boa parte do planeta não será mais capaz de sustentar a vida.
A alta dos preços dos combustíveis fósseis ajuda setores econômicos, como no caso das transporte de veículo, pois este modelo de transporte coletivo interestadual, nunca esteve com um custo tão atraente, dirigir por mais de 350 quilômetros com um carro, já é financeiramente inviável, e transportá-lo por meio de cegonheiras além de mais econômico ajuda muito na redução de emissões.
Um clima, uma terra
Vamos tentar imaginar uma ação absurda, como por exemplo, que todos os veículos movidos a combustíveis fósseis, parassem de funcionar de forma permanente hoje, eu escrevi certo, todos os veículos existentes no mundo parando de rodar agora, o clima continuará aquecendo por mais, pelo menos uma década. O aquecimento global possui esta forte característica de retro alimentação, quanto mais quente fica, mais acelera o aquecimento.
A questão de transporte massivo de cargas e pessoas é ainda feito por caminhões, e estes dados podem ser obtidos no site para transportadoras, em sua maioria estando com vários anos de uso e consumindo até 4 litros de diesel por quilômetro rodado, pode parecer caro, mas depende do ponto de referência, uma situação comum onde pode ocorrer o transporte de uma mudanças, feito com um veículo movido a gasolina, pode custar até 25 vezes mais caro, se comparado ao custo de um transporte feito por um caminhão.
A tecnologia embarcada na frota de transporte de cargas no Brasil, é ainda do século passado, um caminhão pode rodar até 1 milhão de quilômetros, antes de ser declarado obsoleto. Para quem conhece a realidade do nosso Brasil, provavelmente já viu caminhões dos anos 80 rodando com todo tipo de carga.
Os veículos dedicados a transportes de cargas são infinitamente reciclados, e também existe a questão da exportação de sucatas, os veículos mais velhos do Brasil, são vendidos nos países vizinhos, como “novidade” e por conta do preço, encontra um mercado ávido pela sua aquisição.
Um caminhão poluente e antigo, encontra muito mercado de revenda, seja no Brasil ou nos países vizinhos, então é necessário uma ação de recompra promovida pelo governo, não adianta punir o transportador com custos mais altos em combustíveis, ou aumentando as taxas de IPVA, é necessário um programa de reciclagem da frota, com recompra de veículos muito poluentes pelo estado.
O que eu posso fazer, hoje
Se a urgência climática trata de problemas de hoje, é possível promover ações diárias, onde cito algumas propostas para aplicação imediata.
- Opte em trabalhar de casa, pela internet.
- Compre do comércio local, reduzindo a contratação do delivery.
- Deixe o carro em casa, exercite-se, vá a pé ou de bicicleta.
- O tempo do banho deve ser cronometrado.
Obviamente, que se policiar por adotar uma medida ecológica é muito chato, mas eu convido o leitor a imaginar uma situação limite, onde em um futuro em breve e por conta do descontrole ecológico, as pessoas passem a tomar banho quinzenalmente, pois o custo de um banho será extremamente elevado. Tente imaginar um simples banho, custando R$50,00 cada/por pessoa.
Com este cenário exposto fica claro né, que a economia necessária hoje, é infinitamente pequena e fácil de ser implementada, se empurrar isto para os nossos netos resolverem, então poderá já ser muito tarde.