Amazon-announces-layoffs-of-more-than-18000-employees-1024x576

Amazon anuncia demissões de mais de 18.000 funcionários

Nesta quarta-feira (4), a Amazon anunciou que planeja cortar “um pouco mais de 18 mil” funcionários de sua força de trabalho, a fim de controlar custos. A novidade foi revelada por Andy Jassy, ​​executivo-chefe, em postagem no blog da empresa.

  • Twitter, Meta e Microsoft: o que explica as demissões em massa de grandes empresas?
  • Apple: crash das ações deixa valor de mercado abaixo de US$ 2 trilhões

O número de pessoas a serem demitidas é muito maior do que o esperado internamente. Em novembro, uma reportagem do The New York Times anunciou que a empresa pretendia demitir 10.000 funcionários – cerca de 3% da força de trabalho nos Estados Unidos. Aparentemente, no entanto, esse número mudou depois que a empresa realizou sua revisão anual de negócios.

A revisão resultou em cortes de empregos antes do Natal, afetando membros do negócio de dispositivos e livros da Amazon, incluindo a equipe responsável pela Alexa e o Kindle. Nesta semana, Jassy anunciou que cortes mais amplos devem acontecer no início deste ano.

“A revisão deste ano foi mais difícil devido à economia incerta e ao fato de termos contratado rapidamente nos últimos anos”, escreveu Jassy.

Segundo Jassy, ​​a maior parte dos cortes atingirá as unidades de lojas da empresa, incluindo o e-commerce, e o setor de Recursos Humanos, conhecido como Pessoas, Experiências e Tecnologia (PXT). Ele acrescenta que as mudanças ajudarão a buscar oportunidades de longo prazo com “uma estrutura de custos mais forte”.

Queda nas compras online prejudica a Amazon

A Amazon reduzirá a equipe responsável pelo e-commerce, que teve um desempenho ruim no pós-pandemia devido à alta inflação e custos logísticos. A queda nas vendas online teve um impacto significativo no lucro da empresa, que fechou o ano com queda de quase 50% nas ações e prejuízo total de US$ 2,9 bilhões (cerca de R$ 15,6 bilhões) no último trimestre.

O executivo disse estar “otimista de que seremos criativos, engenhosos e desconectados neste momento em que não estamos contratando de forma expansiva e eliminando algumas funções”. Segundo Jassy, ​​as grandes empresas passam por diferentes fases e nem sempre estão em “modo de expansão”.

A notícia dos cortes veio um dia depois que a Amazon contraiu um empréstimo sem garantia de US$ 8 bilhões, cerca de R$ 43,2 bilhões a preços atuais, com vencimento no final deste ano. “Dado o ambiente macroeconômico incerto, nos últimos meses usamos diferentes opções de financiamento para apoiar despesas de capital, amortização de dívidas, aquisições e necessidades de capital de giro”, explicou a empresa.

Grande crise tecnológica

As ações da Amazon refletem o período difícil que as empresas de tecnologia, em geral, atravessam. Demissões em massa, cortes de gastos, dificuldade de captação de recursos, entre outros problemas que se tornaram comuns entre as big techs.

O ano passado foi marcado por grandes reduções de funcionários por parte de grandes empresas como Meta, Twitter, Tesla, entre outras. Nesta quarta-feira (4), a Salesforce anunciou um corte de 10% de sua força de trabalho, o equivalente a 8 mil pessoas.

https://animamundi2019.com.br