Novas espécies de plantas não precisam de fotossíntese para sobreviver

A característica mais marcante das plantas deve ser sua capacidade de realizar a fotossíntese; afinal, é assim que eles fazem sua própria comida e fornecem oxigênio ao mundo. Mas uma nova espécie, descoberta no leste da Ásia, foge desse padrão.

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  • A erva daninha produz um novo tipo de fotossíntese que lhe permite resistir à seca

A estranha planta é o Monotropastrum kirishimense, parente próximo do conhecido Monotropastrum humile, que também não realiza fotossíntese. Sua folhagem não possui o verde típico da clorofila, pigmento típico das células vegetais. Sua alimentação é obtida através de fungos no subsolo da floresta.

A rede de raízes e fungos que conecta uma floresta inteira é conhecida como wood wide web — em tradução livre, rede florestal global, uma analogia com a world wide web: a internet. Esse sistema permite a troca de nutrientes e até informações entre as plantas, como a chegada de um predador no ecossistema.

O sistema funciona por meio do mutualismo: uma relação ecológica em que dois seres vivos se beneficiam de um serviço prestado pelo outro. Os fungos auxiliam as plantas nessa comunicação, enquanto as plantas fornecem alimento para os fungos. Mas as plantas do gênero Monotropastrum contornam essa relação roubando esse alimento sem oferecer nada em troca.

Isso coloca essas espécies no seleto grupo dos micoheterotróficos: plantas que se alimentam de fungos. Embora outras espécies desse grupo já fossem conhecidas, a nova descoberta é uma variante japonesa, cuja principal diferença é a cor rosa de suas pétalas.

Todas essas espécies são raras e extremamente vulneráveis ​​à extinção: só conseguem sobreviver em florestas muito maduras. Com várias dessas áreas ameaçadas ao redor do mundo, especialistas em botânica temem pela continuidade desse curioso tipo de planta.

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