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Leão da caverna de 28.000 anos está tão bem preservado que você pode ver seus bigodes

Os cientistas continuam a estudar os filhotes de leão das cavernas encontrados no permafrost da Sibéria, congelados há milhares de anos e descobertos em 2018 por um caçador local de presas de mamute, Boris Berezhnev. A mais jovem do par é a leoa Esparta, congelada por 28.000 anos, tão preservada que você pode distinguir seus bigodes individuais.

  • Filhote de leão encontrado intacto após 28.000 anos congelado na Sibéria
  • Rinoceronte que viveu há 20.000 anos é encontrado em excelentes condições

A espécie de leão das cavernas — Panthera spelaea — está extinta há milhares de anos, mas alguns de seus restos ainda são encontrados em Yakutia, onde o gelo consegue preservar muito bem corpos, e até órgãos, no caso de Esparta. . Além dos leões, outros animais adaptados ao frio ainda são encontrados na região, como rinocerontes-lanosos, lobos, ursos pardos, renas e bisões, com até 40 mil anos de preservação.

O segundo animal, Boris, foi encontrado a apenas 15 metros do pequeno leão da caverna. Ele teria cerca de 50.000 anos, 15.000 anos mais velho que seu parceiro, o que significa que, apesar de estarem congelados, eles nunca se conheceram. Ambos tinham 1 a 2 meses de idade quando morreram no permafrost. O gelo, em algum momento, pousou no jovem macho, que está mais danificado, embora ainda notavelmente preservado.

O que sabemos sobre os leões das cavernas?

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O que sabemos sobre essas criaturas vem de fósseis, pegadas e arte rupestre: eles eram maiores e mais peludos do que os leões africanos modernos, mas aparentemente não tinham jubas. Nas pinturas rupestres da Idade do Gelo, você pode ver padrões escuros nos rostos dos leões das cavernas, e não há sinal de jubas. O par preservado ostenta pelagem bronze-amarelada, mas especula-se que os adultos teriam uma coloração levemente prateada, para uma boa camuflagem na neve.

Ainda não se sabe se os animais caçam em bandos ou individualmente, embora presas grandes provavelmente sejam mais bem mortas em grupos, como vemos atualmente na África. Números altos também ajudariam a se livrar dos predadores, mas como não há evidências dos hábitos dos animais, não temos como apontar nenhuma informação.

Segundo alguns cientistas, seria mais fácil clonar um leão-da-caverna do que um mamute-lanoso, por exemplo, o que poderia nos revelar muitos dos segredos dos felinos – há, porém, as questões éticas de mexer com animais extintos. Eles são muito mais recentes que os mamutes, que, com a ajuda do DNA dos leões africanos modernos, se tornam muito mais viáveis.

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Desde o último estudo sobre a dupla de felinos preservados, de 2021, na revista científica Quaternary, os pesquisadores continuaram a sequenciar seu genoma, e não há relatos de que o estudo tenha chegado ao fim. Até lá teremos que nos ater às informações que colhemos em cavernas, marcas e, quem sabe, outros leões cavernícolas preservados no gelo.

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