A FDA (Food and Drug Administration, órgão de saúde dos Estados Unidos) começou o ano com uma decisão polêmica: a liberação da venda de pílulas abortivas em farmácias. A droga em questão é o Mifeprex (Mifepristone), que pode interromper uma gravidez de até dez semanas.
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Até então, as pacientes que procuravam pílulas abortivas tinham que passar por todo um processo para ter acesso ao medicamento. Primeiro, era preciso obter uma receita e depois esperar que ela fosse enviada por correio, das poucas farmácias, clínicas especializadas ou médicos que tinham autorização para a venda.
Com a mudança, que vem para agilizar o acesso ao medicamento, as farmácias já podem optar por vender os comprimidos mediante registro no FDA e seguindo as orientações do órgão, que incluem treinamento para farmacêuticos, por exemplo.
Mas mesmo com essa venda autorizada, vale ressaltar que os pacientes ainda precisam de receita médica para conseguir os comprimidos.
O acesso via correio também continua funcionando normalmente. Porém, nas orientações do órgão de saúde, a compra virtual do medicamento não é incentivada. “A FDA não recomenda comprar mifepristona online ou transportá-la pessoalmente de um país estrangeiro. Se uma pessoa faz isso, está ignorando diretrizes importantes especificamente projetadas para proteger sua saúde”, diz o comunicado.
Uma das pílulas abortivas, a mifepristona bloqueia a atividade da progesterona (um hormônio necessário para manter a gravidez) no útero. Isso o torna um agonista parcial do receptor de progesterona, que em pequenas doses é frequentemente usado como contraceptivo de emergência.