A ligação entre os ventos alísios vindos da África e a formação de ciclones no Oceano Atlântico nunca foi tão clara para os cientistas. Um novo estudo mostra que, embora esses ventos afetem a força, o tempo e a localização dos ciclones, a quantidade total de uma temporada não depende deles.
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Usando um modelo meteorológico chamado WRF (Weather Research and Forecasting), os pesquisadores simularam a formação de ciclones entre o norte da África e o Golfo do México. Para entender a influência dos ventos africanos, diferentes simulações os mantiveram ou removeram do modelo.
De acordo com outras pesquisas, a retirada dos ventos não afetou o número de ciclones formados. Por outro lado, essa ausência fez com que as tempestades simuladas fossem mais fortes e mais próximas do Golfo do México do que da África. Além disso, o pico de ocorrências deslocou-se de setembro para agosto.
As descobertas sugerem que outros mecanismos de circulação do vento na atmosfera estão envolvidos na formação dos ciclones, pois continuam acontecendo mesmo com a retirada desses ventos.
Além disso, variações de curto prazo nos ventos alísios africanos na mesma estação podem influenciar o número de ciclones que se tornam furacões.